05/05/2014

Copa traz novo desafio a empresas de logística.

O mês de maio tende a ser muito mais movimentado que o usual para as empresas de logística - elas estão antecipando a distribuição de produtos que normalmente seria feita em junho e julho por causa da Copa do Mundo. Em muitas cidades, será feriado nos dias de jogos, o que tende a prejudicar a entrega das mercadorias.


O varejo de bens duráveis também trabalha com a possibilidade de protestos em ruas e rodovias, dificultando o acesso a pontos de venda, armazéns e à residência do cliente. Como a área de estoque nas lojas diminuiu nos últimos anos - para reduzir custos -, as entregas são feitas a partir de centros de distribuição até a casa do consumidor.

Valor apurou que grandes varejistas de eletrônicos já levantaram dados sobre as áreas de atuação de suas lojas nas cidades que terão jogos e também dos locais onde têm ocorrido manifestações contra a Copa. Com esse mapeamento, querem contornar possíveis dificuldades nessas regiões. Além disso, o tráfego nas proximidades dos estádios deverá sofrer alterações nos dias de jogos para facilitar o acesso dos torcedores.

A preocupação com a possibilidade de atrasos e impedimentos ao transporte de produtos é maior em segmentos que não podem correr o risco de escassez ou redução da oferta, como, por exemplo, a entrega de medicamentos a hospitais. Especializada nesse segmento, a Atlas Logística programou a antecipação das entregas, particularmente daquelas previstas para semanas em que haverá jogos, disse Lauro Megale, presidente da companhia. O mesmo acontece com as empresas que transportam produtos de maior demanda durante a Copa - como bebidas, que devem ter o consumo elevado em junho e julho.

O Mundial também deve alterar o calendário de produção de alguns setores, mas varejo e indústria não acreditam que o evento terá impacto relevante sobre a atividade no segundo trimestre. Para grande parte das empresas e associações industriais ouvidas pelo Valor, abril foi morno - ainda que em alguns casos um pouco melhor do que março - e maio não deve mostrar reação expressiva, como indica o ritmo de encomendas observado até agora.

Fonte: Valor Econômico

 
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